Da dificuldade à prosperidade: Quando Malunguinho chama, o caminho se abre
- Juremeiro Deluca
- 27 de mai.
- 2 min de leitura

Joana era uma mulher batalhadora.
Criada no subúrbio do Recife, vendia quentinhas para sustentar os dois filhos e a mãe idosa.
Por mais que se esforçasse, o dinheiro mal dava para cobrir as contas.
As dívidas se acumulavam e o desânimo começava a pesar no coração.
Certa noite, sonhou com uma mata fechada, densa, onde ouvia o som de atabaques e vozes que ecoavam entre as árvores.
No meio da mata, um homem de porte firme, pele negra e olhar profundo a observava em silêncio.
Ele vestia branco, portava uma espada e trazia um chapéu de couro.
Quando Joana perguntou quem era, ele apenas disse:
— "Sou Malunguinho. Vim te mostrar o caminho da tua coroa."
Ao acordar, sentiu um calor diferente no peito.
Naquela mesma semana, uma vizinha a convidou para uma gira no Terreiro de Jurema.
Relutante, mas curiosa, Joana foi.
Lá, durante a gira, o caboclo incorporado olhou fixamente para ela e disse:
— "Filha, o Mestre já te chamou. Ele quer abrir teu caminho, mas você precisa confiar, entregar e trabalhar com fé."
Sem entender muito, mas sentindo uma força inexplicável, Joana começou a frequentar o terreiro.
Foi aprendendo sobre a Jurema, sobre os Mestres e os encantados.
A cada oferenda, a cada vela acesa na mata, sentia que algo dentro dela se transformava.
Um dia, em uma firmeza para prosperidade com Malunguinho, ela levou uma garrafa de cachaça, charuto, moedas e um pano de chita.
Fez seus pedidos com o coração aberto. Ao final, ouviu no vento:
— "O que é teu, ninguém tira, mas você precisa andar com coragem."
Nas semanas seguintes, tudo começou a mudar.
Um antigo cliente indicou suas quentinhas para uma empresa.
Logo, Joana foi contratada para fornecer marmitas diariamente para mais de 30 funcionários.
O dinheiro começou a sobrar.
Quitou dívidas, reformou a casa da mãe e comprou seu primeiro carro.
Mais do que isso, ela sentia uma paz nova.
Sabia que não estava mais sozinha.
Hoje, Joana é conhecida na região como "a filha de Malunguinho".
Nos dias de firmeza, vai para a mata com respeito e gratidão.
Sempre leva um charuto, uma vela e diz em voz alta:
— "Obrigada, meu Mestre. Foi contigo que aprendi que prosperidade começa quando a gente honra o que carrega na alma."
🖤✨ Sobonire mafa, Malunguinho! Viva a força dos encantados! ✨🖤
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